terça-feira, 3 de novembro de 2015

HIPERTROFIA E LESÃO NA COLUNA - HÉRNIA DE DISCO - ADAPTAÇÕES NO TREINAMENTO E EVOLUÇÃO


[Este post foi AMPLIADO - TEXTO e IMAGENS - às 11h50 da sexta-feira 3/janeiro/2020]
[DICAS PARA O DIA-A-DIA SEM DORES]
[TREINAMENTO PARA HIPERTROFIA DE MEMBROS INFERIORES]
[DETALHES NA EXECUÇÃO DE MOVIMENTOS PARA EVITAR LESÕES]

Há um tempão estou para falar sobre a crise pela qual passei em março/abril de 2015 e a lesão na coluna, sobre as mudanças que as dores, o afastamento e o diagnóstico das condições físicas causaram na minha vida, a programação de treinos completamente reformulada, bem como o que hoje evito ou faço diferente. 

Enfim, contar como a lesão na coluna lombar (entre outros probleminhas, como a osteoartrose do quadril) acabou significando uma incrível oportunidade de evolução, de aprendizado e de autoconhecimento, ainda mais com o inesperado ganho de massa muscular, o que me leva a considerar os últimos meses como um período de transformação e de vitória pessoal.


Claudia Vilaça - 01/novembro/2015

Atleta FIGURE
Fisiculturismo Natural - BRASIL
INBA Natural Bodybuilding - BRAZIL


Desde outubro passado, ao publicar esta foto da calça cor-de-rosa no Instagram e no Facebook e mencionar a hérnia de disco na lombar e a osteoartrose do quadril (desgaste da cartilagem da articulação entre a pelve e o fêmur), e dizer que treino intensamente todos os dias, sem dores e com ótimos resultados, sem nunca ter tomado remédios nem feito nenhum tratamento específico que não a prática da musculação, que atua no fortalecimento da musculatura e que funciona como verdadeiras sessões de fisioterapia, tenho recebido muitas mensagens com perguntas sobre o que faço e o que evito, que tipo de exercícios etc.


Claudia Vilaça - 28/setembro/2015

Atleta FIGURE
Fisiculturismo Natural - BRASIL
INBA Natural Bodybuilding - BRAZIL


Além dos pedidos de conselhos leigos e de relatos das minhas experiências, o que as pessoas querem mesmo saber é como consegui hipertrofiar pernas e glúteos com as severas limitações impostas pelas lesões na coluna lombar e no quadril, que tornam a missão bem mais difícil e exigem uma série de cuidados para não agravar o problema nem acarretar dores.

Observação: a DIETA PALEO DE BAIXO CARBOIDRATO foi mantida, assim como o estilo de vida 100% natural: sem drogas, sem hormônios, sem remédios, sem energéticos, sem estimulantes, sem termogênicos, sem suplementos. Apenas comida que eu mesma preparo (com alimentos e ingredientes não processados), água mineral e um pouco de sol.


Neste post pretendo falar sobre as adaptações que me permitiram retomar a rotina de treinamentos SEM TRATAMENTOS, SEM MEDICAMENTOS e SEM CIRURGIA, tendo inclusive disputado o Campeonato Mundial de Fisiculturismo Natural 2015, em junho, em Dubai, nos Emirados Árabes, no qual conquistei mais uma medalha para o Brasil.


Claudia Vilaça - 13/junho/2015

Campeonato mundial de fisiculturismo natural 2015
World Championship of Natural Bodybuilding

Dubai, Emirados Árabes Unidos


Também:

* as descobertas decorrentes da lesão; os exercícios que aliviam a dor nas costas e as ações que pioram e que podem me deixar vários dias sem poder treinar; coisas pesadas que faço com a maior tranquilidade e outras que procuro evitar ao máximo.

* as soluções que encontrei para manter a INTENSIDADE e o ALTO RENDIMENTO dos treinos. Cargas, volume e frequência: tudo novo.

* o cuidado obsessivo com a POSTURA, a BOA FORMA e a CORRETA EXECUÇÃO DOS MOVIMENTOS.

* o método de treinamento e a evolução física após a lesão: resultados em termos de HIPERTROFIA e DENSIDADE.


Prevejo que esta conversa irá longe e que voltarei várias vezes para atualizar o texto do post; por isso, manterei o tópico "em aberto", indicando a hora e a data da última atualização no alto da página, ok?

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- Eu nunca desconfiei que tivesse algum problema na coluna, não sentia nada (então, tudo certo, e pau na máquina!). Depois da "primeira grande crise" em meados de março/2015, fiquei três semanas afastada dos treinos e sem poder me mexer direito. Doía tudo, doía muito. Qualquer movimento - por mais simples e rotineiro que fosse - era um sacrifício. Ficar em pé, sentar, levantar da cadeira dura ou do sofá macio, deitar, entrar e sair do carro, pentear o cabelo, arrumar a cama, amarrar o tênis, pegar um objeto do chão. Consultei um ortopedista, fiz exames de ressonância magnética e apenas uma das dez sessões indicadas de eletroterapia ou "terapia do choquinho", engrossando as estatísticas dos pacientes que não registram nenhuma melhora com este tratamento. Outra recomendação do médico foi que realizasse alongamentos e substituísse definitivamente a musculação por uma atividade física mais suave, como a hidroginástica.

- Durante o tempo parada, revirei a internet atrás de informações sobre hérnia de disco e lesões na coluna, fisiologia, anatomia, estudei tudo o que encontrava sobre o assunto, familiarizei-me com os termos técnicos em português e em inglês. Li dezenas de artigos científicos, visitei sites, fóruns, blogs, sempre com o dicionário e o Google Translator do lado porque não conhecia aquelas palavras (nomes de ossos, vértebras, discos, nervos, tendões etc). Identifiquei alguns exercícios e movimentos tidos como "vilões" e outros considerados amigos das costas, bem como formas de execução que eu nunca havia feito e opções para localizar a sobrecarga (pesos) de modo a não machucar a lombar. Tracei um plano de ação para o que seria O RETORNO. Aos poucos fui me sentindo melhor e criando coragem de ir para a academia. O mais difícil foi colocar as meias, o legging de ginástica e amarrar as botas de treino - coisas bobas, mas que faziam gritar de dor as hérnias da coluna. 

- O primeiro treino foi uma sessão de exercícios para os dorsais. Baixei bastante as cargas e fiz algumas séries de puxadas e extensões com pegadas diversas (fechada, média, aberta, usando o triângulo, barra romana e cabos), além de remadas na máquina, sentada. Terminei o treino e percebi que não sentia dor nenhuma, que aquilo, sim, funcionava como fisioterapia! Alegria! Vitória! Treino de costas, ok. Conclusão: MOVIMENTOS DE EXTENSÃO (VÍDEO) são ótimos; já movimentos que exigem FLEXÃO das costas - como o de muitos exercícios abdominais, remadas curvadas ou quando se tem de levantar um peso do chão, como no levantamento terra -, significavam problema.


Claudia Vilaça
Retorno aos treinos após crise de hérnia de disco na coluna, em março/2015.
Treino de musculação com exercícios para as costas, com ênfase em movimentos de extensão (vídeo).

Atleta FIGURE
Fisiculturismo Natural - BRASIL
INBA Natural Bodybuilding - BRAZIL


- Próximo passo: membros inferiores, e aí morava o perigo dos agachamentos com barra nas costas, do leg press até o peito, do hack, do smith machine, do stiff pesado, do avanço, das subidas no banco, da cadeira extensora, da flexora, das abduções (essas porque brigam com a artrose no quadril). 

Antes de mais nada, passei a fazer um PREPARO dos glúteos, coxas e panturrilhas com uma sequência de isometrias e alongamentos que leva bem uns 15 minutos. 

Isso feito, a primeira providência foi deixar de lado o orgulho, a força e a minha habitual "fome de ferros" e ficar vários dias à base de agachamentos e avanços apenas com o peso do corpo, elevação pélvica com carga leve, exercícios unilaterais para os quadríceps e posteriores (que detesto, porque demoram muito). Aos poucos, fui aumentando a dificuldade do treininho de franga com a progressão do número de repetições, diminuição do intervalo entre as séries, uso de pausas e cadências, isometria, step na frente, step atrás, dois steps ao mesmo tempo, agachar segurando no peito (em vez de nas costas) um halter de 6kg, depois de 10, 20, 22, 24, 26, 28, 30, 32, assim mesmo, evoluindo lentamente e executando cada movimento em perfeita forma, de preferência, diante do espelho para verificar a postura.


Claudia Vilaça
Retorno aos treinos após lesão na coluna, em março/2015.
Preparo e alongamentos realizados antes do treino de musculação de membros inferiores.

Atleta FIGURE
Fisiculturismo Natural - BRASIL
INBA Natural Bodybuilding - BRAZIL


Antes de continuar a falar sobre os exercícios e os treinos de musculação em convivência totalmente pacífica com as lesões na coluna e a osteoartrose do quadril, só uma palavrinha sobre pequenas ações do dia-a-dia que fazem toda a diferença no sentido de manter a gente feliz e livre de dores, de remédios e de tratamentos.

- POSTURA, POSTURA, POSTURA. Postura ereta, costas retinhas (imagino que estou usando um colete de material rígido), barriga para dentro, peito para fora, ombros e cabeça como se fios invisíveis puxassem o corpo para cima nesses três pontos. E ABDOMEN CONTRAÍDO e QUADRIL ENCAIXADO, sempre. 

Assim tudo parece funcionar melhor, principalmente a respiração; sinto-me tranquila, em paz e preparada para qualquer coisa. Mantenho a postura sob controle quando em pé, sentada, andando e me movimentando, escovando os dentes, cozinhando, lavando louça, enfim, o tempo todo. E, sempre que possível, distribuindo o peso do corpo por igual, simetricamente.

- EVITO FICAR MUITO TEMPO SENTADA, o que pressiona a lombar e provoca dor. Se sentar, mantenho as costas retas (a postura que mencionei acima) e os pés apoiados no chão, SEM CRUZAR AS PERNAS. Tipo posição de pouso e decolagem, ok? Ah, no carro e ao viajar de avião, deixo a poltrona em posição vertical durante todo o percurso. Se o encosto da cadeira for fundo ou muito macio, uso almofadas firmes para preencher o espaço até as minhas costas ou me sento na beirada, já me acostumei, posso passar horas na pontinha da cadeira sem problemas, exceto no cinema, que é uma das poucas situações em que sinto dor porque não dá para evitar aquelas poltronas grandes e fofas. Outro momento crítico é lavar o cabelo no cabeleireiro, nossa, é cruel! Ao entrar em um ambiente - um salão, uma festa ou um restaurante, por exemplo -, a primeira coisa que faço é dar uma geral nas opções de assento, prefiro o que for menor e mais durinho, uma cadeira ou banco de madeira. Se a ocasião permitir, eu fico em pé. 

- Logo que voltei a treinar depois da crise de hérnias de disco na coluna, pratiquei muito AGACHAMENTO FRONTALSTIFF (ou ROMANIAN DEADLIFT) e LEVANTAMENTO TERRA apenas com o PESO DO CORPO. Uso esses movimentos nas atividades diárias, ou seja, sempre que tenho de me abaixar para pegar algo do chão, amarrar os sapatos, dar comida para os meus gatos (e limpar a caixa de areia ;-), carregar anilhas e halteres, eu ajeito o corpo, afasto ligeiramente as pernas, joelhos apontando para fora na mesma direção dos pés, e agacho como se estivesse fazendo o exercício na academia, em perfeita forma. Idem para os movimentos do stiff e do levantamento terra, levando o quadril para trás SEM CURVAR AS COSTAS. Parece bobagem, mas ter essa consciência corporal funciona que é uma beleza!




Voltando à sala de musculação e ao treinamento para hipertrofia de membros inferiores sendo portadora de hérnias de disco na lombar e de osteoartrose no quadril - e observando o que disse acima sobre a postura e os movimentos adotados nas atividades diárias, mais os alongamentos e o preparo antes das sessões -, reformulei o meu jeito de treinar.

- LOCALIZAÇÃO DO PESO sempre na FRENTE ou nas laterais do corpo, o que altera o centro de gravidade e evita pressão na coluna. Isso vale para agachamentos, avanço, passadas e demais exercícios para as pernas. 

O posicionamento frontal da sobrecarga também ajuda a corrigir a tendência à inclinação exagerada e indevida do corpo e da cabeça para a frente e a retroversão do quadril na posição mais baixa.


   

Logo depois da crise de hérnia de disco, comecei praticando o agachamento frontal sem peso e fui acrescentando cargas gradualmente, sempre prestando a máxima atenção à execução do movimento. 

Os primeiros treinos eram muito leves, como o do menininho aí de baixo; repare na posição da cabeça, das costas, dos joelhos, dos pés. 

Hoje uso os halteres mais pesados da academia, uns trambolhos que vou rolando pelo chão porque não consigo carregar de um lado para o outro da sala (nem eu e nem ninguém hahaha). 

Veja na foto acima, gosto de deixar todo o equipamento separado: halteres, barras, anilhas e presilhas para agachamento frontal e variações, sumô, stiff, Romanian deadlift, good morning, avanço e elevação de quadril.











   


- EVITAR RETROVERSÃO DO QUADRIL. No agachamento, não permitir que o bumbum dê aquela "entrada" sob o corpo na posição mais baixa; no leg press, posicionar os pés no meio da plataforma (e não muito altos) de modo a que o quadril não descole do assento durante o exercício. Manter a cabeça apoiada no banco.






- Nos movimentos em que há FLEXÃO DO TRONCO - STIFF, ROMANIAN DEADLIFT, LEVANTAMENTO TERRA e GOOD MORNING, por exemplo -, NÃO CURVAR AS COSTASNÃO EXAGERAR NA CARGA, ainda que com a execução perfeita. Usar técnicas de intensidade e/ou aumentar o número de repetições e/ou diminuir o tempo de descanso entre as séries e/ou variar a velocidade e/ou usar cadências e pausas e/ou deixar o exercício para o fim do treino são maneiras de obter um ótimo rendimento com cargas menores




Nos vídeos a seguir, veja o que acontece com a musculatura e as estruturas da coluna durante os exercícios de musculação e em ações como pegar um peso do chão. As costas do bonequinho "errado" pegam fogo!







- CADEIRA EXTENSORA E FLEXORA - o encosto do aparelho costuma ter uma inclinação para trás. Sinto doer a lombar ao fazer a extensão ou flexão de pernas nesta posição. A solução é ajustar o encosto de modo a trazer o tronco um pouco para frente, diminuindo o ângulo com as coxas. 




- CADEIRA ABDUTORA COM O CORPO INCLINADO À FRENTE - Ah, meu passado me condena... Assim como a Gracyanne e outros atletas e praticantes de musculação - e orientada por profissionais de Educação Física -, eu fiz muito disso: abdução na cadeira com o corpo inclinado à frente. E fazia pesado, zerava a máquina e ainda colocava umas anilhas extras! Ao mesmo tempo, prejudicava a lombar e o quadril. 

Conselho de uma portadora de desgastes, abaulamentos, protusões e hérnias de disco na coluna? NÃO FAÇA!!! Mesmo que o seu professor coloque na série de pernas e glúteos e que você sinta que "pega" bem, não faça. Não vale a pena. Se depois sentir uma dorzinha insistente na virilha, então, saiba que foi assim que começou a minha história de artrose no quadril.


Gracyanne Barbosa executa abdução de quadril na cadeira, com o corpo inclinado à frente.
  

- APARELHOS DE MUSCULAÇÃO EM GERAL - Evitar utilizar as máquinas de maneiras diferentes daquelas para as quais foram projetadas. Leg press de lado, agachamento na abdutora, elevação de quadril na almofada da flexora horizontal, leg press no smith com as costas no chão (induz à retroversão do quadril), e tudo o que for "invertido e inventado". Sem acrobacias. Se na academia não tiver determinado aparelho, usar as barras e os pesos livres, com progressão de cargas e técnica perfeita nos exercícios tradicionais. Simples, eficiente e seguro! 

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segunda-feira, 12 de outubro de 2015

PANTURRILHAS, PERNAS E GLÚTEOS DE AÇO NO YOUTUBE - VÍDEOS


Filmei uma parte do meu último treino de panturrilhasAssista agora os novos VÍDEOS no meu canal no YouTube !!!


Claudia Vilaça - 53 anos

Atleta FIGURE
Fisiculturismo Natural - BRASIL
INBA Natural Bodybuilding - BRAZIL


Meu exercício favorito para panturrilhas é um drop set executado no hack machine.

Inicio cada série com carga para cerca de 6 repetições, até a falha; então retiro uma anilha de cada lado e continuo até a falha, e assim por diante até não haver mais anilhas na máquina. Por isso, não estranhe a minha cara de sofrimento para levantar quase nada de peso no final...

Terminada a série, recoloco as anilhas no hack e recomeço, sempre até a falha.

Faço de 4 a 5 séries completas (drop sets).











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Já que estamos falando em treinamento para hipertrofia de membros inferiores - minha árdua, eterna e gloriosa missão -, este aí abaixo é outro dos meus exercícios favoritos, carinhosamente chamado de GLÚTEOS DE AÇO (veja detalhes da execução na página do YouTube).




E vamos em frente porque está funcionando, devagarinho a gente chega lá. 

Com disciplina, dedicação e inteligência, longe das drogas e das soluções fáceis, curtindo o processo e as pequenas vitórias de cada dia, pois é nisso que está a graça e a beleza do esporte, você não acha?


Claudia Vilaça - 53 anos

Atleta FIGURE
Fisiculturismo Natural - BRASIL
INBA Natural Bodybuilding - BRAZIL


Para me acompanhar, inscreva-se no meu canal no YouTube e fique de olho também no Instagram @claudianatural e no meu Facebook.

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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

CLAUDIA VILAÇA NA REVISTA OXYGEN MAGAZINE AUSTRALIA


Em muito boa companhia, estou nas páginas da revista australiana OXYGEN MAGAZINE, edição de outubro/2015.

"Be inspired by real women living the OXYGEN lifestyle." Traduzindo, "inspire-se em mulheres reais que seguem o estilo de vida OXYGEN."

Na matéria das páginas 158 e 159 de uma das principais revistas de fitness do mundo, a americana Kate Osman (29 anos), as australianas Lucia Rivas-Herry (30 anos), Sarah Hansen (35 anos), Annetta Rullo (40 anos), Angie Moore (42 anos) e eu, a brasileira Claudia Vilaça (53 anos), falamos sobre nossas trajetórias no esporte desde os primeiros dias na academia de ginástica, programação de treinos, dietas, rotinas e dicas em geral.



Atleta FIGURE - 53 anos
Fisiculturismo Natural - BRASIL
INBA Natural Bodybuilding - BRAZIL


A revista OXYGEN AUSTRALIA integra a divisão FIT MEDIA da Muscle Up Media Pty Ltd, ao lado de outras publicações que têm por temas fitness, musculação, saúde e nutrição. São elas:



Acompanhe também as novidades da OXYGEN AUSTRALIA em suas páginas do Facebook, Instagram e Twitter.

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quarta-feira, 8 de julho de 2015

DUBAI 2015 - BRONZE PARA O BRASIL NO CAMPEONATO MUNDIAL DE FISICULTURISMO NATURAL - INBA WORLD CHAMPIONSHIP OF NATURAL BODYBUILDING & FITNESS 2015


No mês de junho estive em Dubai, nos Emirados Árabe Unidos, representando o Brasil em grande evento esportivo internacional e disputando o INBA World Championship of Natural Bodybuilding & Fitness 2015, em que conquistei a medalha de bronze.


Claudia Vilaça - 53 anos - BRASIL  
Campeonato mundial de fisiculturismo natural 2015
World Championship of Natural Bodybuilding
Terceiro Lugar

Dubai, Emirados Árabes Unidos
13/junho/2015

INBA Natural Bodybuilding


Estou acostumada a viajar para participar de campeonatos internacionais de fitness, já foram seis vezes em menos de dois anos: cinco delas nos Estados Unidos, e agora esta última, no Oriente Médio.

Antes da viagem, planejo tudo de modo a simplificar minha vida ao máximo e a me virar sozinha - preparo as refeições a serem consumidas durante o vôo e nos primeiros dias na cidade estrangeira, pesquiso lojas e supermercados próximos ao hotel, vejo se o apartamento tem cozinha, levo exfoliante e cremes orgânicos Ikove Organics, providencio roupa de cama e toalhas para não fazer sujeira com a tinta bronzeadora, tomadas e adaptadores, luvas descartáveis, esponja de louça e detergente, também sacos de plástico, rolo de papel-toalha e até jornal para forrar o chão do banheiro e do quarto ao aplicar a pintura corporal (coisa que o meu marido desaprova, acha que é carregar peso à toa, então a primeira missão dele é sair em busca de jornais, além de comprar água mineral de baixo teor de sódio e, se possível, alcalina).

Importante separar o que for usar no campeonato e colocar na bagagem de mão. Biquínis (um de reserva), sandálias, roupão, maquiagem, cosméticos que não sejam líquidos, baby liss bi-volt, bandas elásticas para aquecimento e a bandeira do Brasil vão comigo, em cima. Assim, se acontecer algum problema com as malas, os itens do dia D estão garantidos! 


A viagem para o campeonato mundial em Dubai começa em casa: preparando as refeições que consumirei durante o vôo. Frango KORIN e vegetais orgânicos 


O longo vôo de São Paulo a Dubai: 16 horas na classe econômica, mais a escala em Addis Ababa, na Etiópia


Durante as 16 horas de vôo e o tempo da escala, consumo refeições preparadas por mim e trazidas de casa. Nada de sal nem temperos. A poucos dias do campeonato mundial, e já contando com os inevitáveis efeitos negativos sobre a forma física, tento conter o prejuízo me alimentando bem. No cardápio paleo low-carb high-fat,  frango KORIN e vegetais orgânicos, preparados com óleo de coco virgem orgânico DR. ORGÂNICO


Quando viajo para os EUA é bem tranquilo. Em qualquer cidade americana existe uma loja do Whole Foods (supermercado de orgânicos), onde se encontra água alcalina de baixo sódio, óleo de coco virgem orgânico, vegetais orgânicos prontos para o consumo, frango e peixe preparados no próprio dia, assados sem sal nem outros temperos. Pratos e talheres descartáveis. Tudo muito prático e barato.

Mas como eu não sabia o que me esperava em Dubai, fui prevenida e levei meu estoque de óleo de coco virgem orgânico Dr. Orgânico, parte essencial da minha dieta natural de baixo carboidrato. Os vidros gelados (o óleo fica sólido) e bem embalados eu pus na mala, entre os lençóis e as toalhas, sem problemas.

Na bagagem de mão, além dos potes com as refeições que faria durante o vôo, veio uma boa quantidade de frango Korin assado e congelado. Ao chegar no hotel, bastou terminar de descongelar o frango, acrescentar vegetais e preparar as primeiras refeições em Dubai sem ter de me preocupar com compras e comida logo de cara. 

A longa viagem entre São Paulo e Dubai - 16 horas na classe econômica do 787 novinho da Ethiopian Airlines mais o tempo da escala em Addis Ababa, na Etiópia - e o fuso horário de 7 horas causam um jet lag respeitável, além dos inevitáveis inchaços nas pernas, nos pés, no rosto, na barriga...


Ao chegar no hotel em Dubai, a primeira providência: comprar água mineral com baixo teor de sódio. Isso porque campeonato de fitness não combina com retenção de líquidos, e ATLETA NATURAL NÃO TOMA DIURÉTICOS.


Frango KORIN semipronto e óleo de coco virgem orgânico DR. ORGÂNICO trazidos do Brasil para as minhas primeiras refeições no hotel em Dubai, em junho/2015


Frango KORIN semipronto e óleo de coco virgem orgânico DR. ORGÂNICO trazidos do Brasil para as minhas primeiras refeições no hotel em Dubai, em junho/2015


Óleo de coco virgem orgânico DR. ORGÂNICO trazido do Brasil para as refeições e como pré-treino nos dias que passei em Dubai, em junho/2015


Exfoliante e manteiga corporal Ikove Organics trazidos do Brasil para o preparo da pele antes da aplicação da tinta bronzeadora usada nas competições de fitness. Dubai, junho/2015


Depois de um banho e de algumas horas de sono, ainda com aquela sensação de não saber direito onde a gente está, fui dar uma volta e conhecer as piscinas e a academia do hotel, pequena mas bem equipada.

Alonguei-me e treinei no fitness center quase vazio, mas ainda levaria um bom tempo para desinchar e recuperar o corpo cansado da viagem.


Fitness center do hotel em Dubai, junho/2015


Claudia Vilaça - 53 anos
Dubai, junho/2015

Atleta FIGURE
Fisiculturismo Natural - BRASIL
INBA Natural Bodybuilding - BRAZIL


Claudia Vilaça - 53 anos
Dubai, junho/2015

Atleta FIGURE
Fisiculturismo Natural - BRASIL
INBA Natural Bodybuilding - BRAZIL


Claudia Vilaça - 53 anos
Dubai, junho/2015

Atleta FIGURE
Fisiculturismo Natural - BRASIL
INBA Natural Bodybuilding - BRAZIL


Pela janela da academia, eu via uma parte de uma área de lazer infantil e cenas como essas aqui abaixo: a mulher de preto, coberta da cabeça aos pés, acompanhando as crianças na piscininha.

Onze horas da manhã em Dubai. Temperatura próxima dos 50 graus.


Dubai, junho/2015


Dubai, junho/2015


Dubai, junho/2015


Dubai, junho/2015. Ao fundo, destacando-se no horizonte vê-se o famoso hotel Burj Al Arab, cuja estrutura lembra o formato de uma vela de barco. Um dos símbolos de Dubai, o edifício foi construído sobre uma ilha artificial, que se comunica com a ilha principal por uma ponte particular. 


Temperaturas em Dubai e região. As áreas mais escuras registram 50 graus C de máxima neste dia de junho de 2015.


[CONTINUA]


Leia logo mais:

* as compras de alimentos frescos e crus no supermercado de orgânicos próximo ao hotel em que fiquei em Dubai e o preparo das minhas refeições no apartamento com cozinha completa

* as inscrições e o antidoping na véspera do campeonato mundial de fisiculturismo natural 2015, em Dubai. O atraso e as 6 horas de espera em um salão lotado, entre delegações do mundo todo

* a noite em claro lavando o cabelo e aplicando tinta bronzeadora e o meu dia D, que começou oficialmente às 3 da madrugada

* o local do campeonato: a Dubai Sports City e seu estádio de futebol indoor, coberto e climatizado

* o backstage e as atletas Figure Master

* o calor, o calor, o calor, o calor

* a medalha de bronze em Dubai e o shape super magro das vencedoras

* as mulheres de burca

* os marinheiros com pinta de piratas cruéis que me assustaram quando fui sozinha procurar um banheiro feminino em uma área do antigo porto onde não se via nem uma única mulher VIVA hahaha

* a cidade espetacular, os passeios, a arquitetura, o metrô futurista com áreas exclusivas para mulheres e crianças, os táxis e os motoristas indianos, os shoppings impressionantes, o aquário e o zôo marinho - ADOREI !!! -, o edifício mais alto do mundo, as ilhas artificiais, os hotéis sensacionais, os palácios dos poderosos, as preces em memória do maior gênio de todos os tempos: o inventor do ar-condicionado, o preço do frango mais caro que já comi na vida e outros assuntos sobre os meus dias nas Arábias.


Também, a seguir:

* o acidente que sofri no começo do ano e a lesão na coluna

* a recomendação médica de parar definitivamente com a musculação

* as adaptações e as mudanças que me permitiram retomar a rotina de treinamento SEM TRATAMENTOS, SEM REMÉDIOS e SEM CIRURGIA

* as experiências e as descobertas decorrentes da lesão; os exercícios que aliviam a dor nas costas e as ações que pioram e me deixam vários dias travada e sem poder treinar; coisas pesadas que faço com a maior tranquilidade e outras que procuro evitar ao máximo (passar muito tempo sentada, por exemplo, pior ainda se for em poltronas fundas e macias, nossa, isso acaba comigo ;-)

* as soluções que encontrei para manter a INTENSIDADE e o ALTO RENDIMENTO dos treinoscargas, volume e frequência: tudo novo

* o cuidado obsessivo com a postura, a boa forma e a execução dos movimentos

* o método de treinamento e a evolução física após a lesão: resultados em termos de hipertrofia e densidade.